domingo, 1 de maio de 2011

Quem disse que técnico não ganha jogo?

A atriz Fernanda Paes Leme escreveu em seu twitter uma frase que acabou repercutindo bastante: “Perder para o Santos é licença poética”.
O torcedor são paulino não pode (e não deve) achar que o time é desqualificado simplesmente porque foi eliminado no Campeonato Paulista. O elenco do São Paulo é muito forte, do mesmo modo que os 11 que entraram em campo na tarde do sábado no Estádio do Morumbi.
Discussões à parte, o Tricolor dominou amplamente o primeiro tempo do jogo, criando muitas chances de gol e sempre chegando com perigo na meta de Rafael. O problema é o de sempre: o time cria as oportunidades e desperdiça. É preciso treinar finalização, é preciso ser mais preciso, se é que você me entende.
No intervalo, o técnico santista Muricy Ramalho realizou uma alteração inusitada. Tirou o atacante Zé Eduardo, responsável por fazer gols no time do Santos, e colocou em campo Bruno Aguiar, zagueiro raçudo, mas sem tanta qualidade técnica.
O torcedor estranhou.
Há quem tenha chamado o tetra-campeão brasileiro de “burro” ou “retranqueiro”, pode ter certeza disso.
A questão é que poucos entenderam o que o treinador do Santos pretendia com a alteração. Era simples e nítido!
Elano, Ganso e Neymar, os três principais jogadores do Peixe, não conseguiam segurar a bola lá na frente e direto e reto o Tricolor atacava e acuava o adversário.
A solução encontrada foi fechar a defesa com três homens, soltar os laterais Jonathan e Léo (que adoram atacar) e deixar Elano, Ganso e Neymar flutuando perto da zona defensiva do São Paulo.
Deu no que deu.
Dois times com características semelhantes, mas um deles tinha craques, o outro não.
E os craques fizeram a diferença.
Muricy fez a diferença e o Santos levou mais essa.
Que jogo!


Por Gabriel Carneiro

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