sexta-feira, 15 de abril de 2011

Santos Renasce

14 de abril de 1912.
Em viagem inaugural, depois de zarpar de Southampton/ING em direção de Nova York/EUA, o maior navio de passageiros do mundo, o Titanic, colide com um iceberg e naufraga. Fruto de trabalho árduo e com tecnologia de ponta, era considerado “inafundável”. Destino tenebroso.
14 de abril de 1912.
Na cidade de Santos, três rapazes idealistas se reúnem para fundar um clube de futebol. O grande sonho era que um dia se tornasse o maior time da cidade. Destino inimaginável.

14 de abril de 2011.

No dia do seu aniversário de 99 anos, quem deu bola mais uma vez foi o Santos Futebol Clube.
Com muitos desfalques, o time foi ao Paraguai encarar o Cerro Portenho, líder do grupo 5 da Libertadores.
A vitória era simplesmente fundamental, o time estava sob pressão por todos os lados. Jogo fora de casa, estádio lotado, muitos desfalques, aniversário do clube... e o renascimento do Santos na Libertadores ficou nas mãos dos 11 guerreiros que entraram em campo sob a batuta de Muricy Ramalho.
E foi justamente a interferência do treinador que fez o Santos atuar de forma organizada e equilibrada. Os jogadores sabiam, pela primeira vez na competição, o que tinham que fazer em campo: defender, catimbar, mas nunca negar a mentalidade ofensiva.
E assim foi.
O maestro Paulo Henrique Ganso deu o tom e seus eficientes companheiros colocaram a bola dentro das redes adversárias duas vezes. Danilo e Maikon Leite foram os autores dos gols.
O Cerro diminuiu a vantagem no final, mas nada que pudesse assustar.
Nem o santista mais fanático imaginaria que essa partida fosse ser tão fácil.
O Peixe se comportou como time guerreiro, mas não teve muito trabalho, o Cerro não esboçou reação, apenas aceitou a simples condição de time pior.
“O fragor das batalhas memoráveis” prenunciado pelo padre Paulo Horneaux de Moura deu a tônica da vitória que reanimou o Santos na competição continental.
Ninguém mandou desconfiar do Santos...
Deram a brecha. 99 anos e mais vivo do que nunca.


Por Gabriel Carneiro

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